É importante salientar que antes da invenção deste objeto para nos protegermos da chuva, já era usado desde a antiguidade algo análogo, mas para se proteger do Sol. Assim, há uma grande diferença simbólica entre o guarda-chuva e o guarda-sol (ou sombrinha).
Enquanto que a sombrinha representa dignidade e riqueza – já que era usada para a proteção dos reis antigos contra o Sol -, o guarda-chuva simboliza uma proteção muito mais inferior, de baixa dignidade. Ficar abaixo de um guarda-chuva significa fugir das responsabilidades e da realidade.
Isto talvez esteja relacionado à Jonas Hanway, inglês comerciante que inventou o guarda-chuva no século XVIII. Durante sua vida foi ridicularizado e só depois de sua morte os ingleses começaram usar o acessório para se protegerem da chuva. Em vida, seus contemporâneos não viam o guarda-chuva como objeto de um gentleman. Tanto que era utilizado para os dias de Sol, de uso exclusivamente feminino.
A antiga produção de Gene Kelly “Cantando na Chuva” quem sabe demonstre a liberdade e a independência do homem em relação ao guarda-chuva, quando, deixando sua amada em casa, resolve fechá-lo e seguir cantando enquanto a chuva o encharca. Pode simbolizar a aprovação das responsabilidades da vida, encarando-as com alegria.
A meu ver, assim como representa proteção, aparenta uma proteção frágil. Porque... a facilidade com que o guarda-chuva se desmancha com um sopro na chuva é impressionante! E não falo apenas de guarda-chuvas de material ruim. Basta ele virar do avesso para, em poucos dias de uso, se desfazer em pedaços de ferro pontudos.
Referencia imagem: http://browse.deviantart.com/?q=umbrella&order=9&offset=24#/d1ratf4
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